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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

O FINGIMENTO

O FINGIMENTO

 

O poder vive sempre fingindo,

Quando diz ter pena de pobre,

Onde o rico só vive sorrindo,

Porque acha que tudo ele pode.

 

Nesse mundo eu vejo a mentira,

Embalada em voz meiga e sonsa,

E mata tudo que vê, pois atira,

Inclusive em mulher e criança.

 

Mas que pena eu tenho d'ocês,

Lenhadores sem mãe ou parteira,

Que desmatam de louro a ipês,

E não sabem o porque da feira.

 

Há quem viva pensando no céu,

Ou apenas de cara pro vento,

Mas não vê nada além do véu,

E quer tudo antes do tempo.

 

Erram por falta de ética,

Ao querer ter hoje o futuro,

Sem plantar na dose correta,

O que sirva no claro e escuro.

 

Ninguém tem um olho de águia,

Mas podemos prever o amanhã,

Se olharmos as fontes de água,

E o sol que nos traz a manhã.

 

Saberemos louvar a criação,

Porque ela é Deus entre nós,

E não basta saber a oração,

Sem ação que me una a vós.

 

Nossas nações são só convenções,

E já não servem de colo e lar,

Só buscando a coragem em arpões,

Se esquecendo que viemos do mar.

 

Defino o mundo como fingimento,

Pois ninguém se declara bandido,

E não há a partilha do tempo,

Se o tempo de vida é vendido.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 21/01/2025
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