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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

CHEIRO MOLE

CHEIRO MOLE

 

O homem sabia do que padecia,

E sua luta foi com o impossível,

Pois o tempo é dono dos dias,

Até quando nos dá combustível.

 

Então, chega a hora da verdade,

E não adianta alguém que enrole,

Pois a morte se dá a quem sabe,

E ela não vai querer cheiro mole.

 

A morte é a nossa sina ingrata,

Onde o corpo retorna pro caos,

Mesmo que sejas persona grata,

Pois o ciclo é de bons e maus.

 

Vamos ver morrer gente boa,

Mas também irão seus algozes,

E os ruins querem uma canoa,

Mas Caronte não ouve vozes.

 

Quando o barco vai ao tártaro,

Só volta vazio pelo rio estreito,

Pois o sopro de vida é o ácaro,

Numa ameixa que é nosso leito.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 12/01/2025
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