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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

DINHEIRO PRA NADA

DINHEIRO PRA NADA

 

Nascemos de um ato não pago,

Até porque a parteira foi tu,

E a riqueza é no último trago,

Onde um bêbado até fica nu.

 

Se eu moro no campo e planto,

Eu tenho o leite da vaquinha,

Além de caprinos pelos cantos,

E um poleiro com as galinhas.

 

No fundo da casa há uma horta,

Que dá o tempero e o ervanário,

E há um jardim diante da porta,

Para as aves num canto diário.

 

Tudo que eu planto tem serventia,

E o que me falta vem do escambo,

Então o dinheiro pra nada servia,

Mas a amizade eu prezo e canto.

 

Eu escrevo poemas para regozijo,

E sonho à noite o que faço de dia,

E ponho em letras o gozo do trigo,

Pois eu tomo café com pão fatia.

 

No meu sanduíche tem queijo prato,

E no meu café tem açúcar mascavo,

Mas eu frito a macaxeira do Crato,

Com boa manteiga, canela e cravo.

 

O dinheiro não serve para o amor,

Pois amor que se compra, se trai,

E o abraço sincero tem mais valor,

Como um colo ou lágrima que cai.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 04/01/2025
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