NÃO HÁ TEMPO
Uma abelha me falou da colmeia,
E me disse o quanto se importa,
Pois a vida não é pura geleia,
Mas o pólen que paira e exorta.
Eu falei às abelhas sobre nós,
Da loucura de estarmos inertes,
Pois o mundo não nos quer a sós,
E, unidos, até a dor me diverte.
Tudo na viagem são momentos,
Desde que acordemos de fato,
Pois a felicidade é um intento,
Porque o contrário é distrato.
Não há tempo pra guerras e ódio,
Pois o nosso ser é só um segundo,
Em um tempo sem mais unicórnios,
E, sem filhos, só há fim de mundo.
Há quem queira lutar pela terra,
E matar quem nela sempre viveu,
Por achar que serão donos dela,
Mas irão ser iguais quem morreu.
Não preciso de religião pra amar,
E saber respeitar velhos e novos,
Nem ao menos estar em cada lugar,
Mas eu dedico respeito aos povos.
Não diga quem é melhor pro mundo,
Pois quem mata crianças já morreu,
E esse alguém não quero no mundo,
Falo isso a americanos e judeus.
Não vá aceitar de novo o nazismo,
Nem os que vivem de modo igual,
Mesmo tendo sofrido no abismo,
Onde o sionismo é seiva do mal.