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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

AOS SESSENTA

AOS SESSENTA

 

Quem chega aos sessenta anos,

E vê sucumbir seus projetos,

Talvez não tenha mais planos,

Que não seja alguém por perto.

 

Já não crê na fortuna do ouro,

E não quer viajar sem seu par,

Tendo seus filhos como tesouro,

Mas querendo ver netos chegar.

 

Se esse idoso ainda tem pais,

Lhes quer vivos para abraçar,

Como sogros que seu amor traz,

Pois a vida tem hora e lugar.

 

Mas quem chega como novidade,

Tem o dom de trazer alegrias,

E isso vale com fraternidade,

Sejam eles, sobrinhos e crias.

 

Mesmo quando os filhos se casam,

Não há perda, mas sim nova soma,

Onde o ganho não é um descaso,

Mas a lágrima que lhe emociona.

 

Há os dias em que fica cansado,

Pois o velho já não é versátil,

E seu corpo se torna envergado,

Mas a mente lhe cobra ser ágil.

 

Sua sorte é o avanço da ciência,

Mas não há o tropeiro e o lobo,

E conseguem te ver na ausência,

Pois a mídia te mostra ao povo.

 

Ninguém mais monta num asno,

Nem com botas de sete léguas,

Se há carros e não por acaso,

O futuro é linha sem réguas.

 

Quem virá talvez leia livros,

Onde estão os velhos ditados,

E verão como eram os trilhos,

Em velhos metrôs sufocados.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 20/12/2024
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