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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

ETERNAS BUSCAS

ETERNAS BUSCAS

 

Todo dia acordamos e há vida,

Mesmo para quem está morrendo,

Tudo enquanto fecha a ferida,

E as escaras secam ao vento.

 

Uns esperam por novo convite,

Que talvez nunca chegue de novo,

Mas eu digo ser de bom alvitre,

Que se vejam de novo no ovo.

 

E se o ovo for logo chocado,

Pensem que seja por uma hora,

Se quiseres voar como pássaro,

Ou então serás cobra por ora.

 

Ninguém sabe o futuro da vida,

Pois é tudo energia com o tempo,

Mas enquanto o dia não convida,

Almeje, quiçá, ser pluma ao vento.

 

Quem sabe a pluma seja conhecer,

Ao dizer que vale a pena ter vida,

Pra que possa ver o dia amanhecer,

E até conhecer cada tarde ferida.

 

Os raios do sol vão lhe atravessar,

E nutrir toda terra com vida e luz,

Pra que seja o colo para te ninar,

E gerar sonhos que iludem ou seduz.

 

Haverão os que buscam a eternidade,

E façam a viagem pra Marte ou Plutão,

Mas lhes digo que não existe verdade,

Pois ela é fruto da vida no chão.

 

Pisando nas trilhas teremos idades,

E vamos sorver do néctar de Platão,

Ou também ler placas pelas cidades,

Que indicam os becos e a contramão.

 

Talvez haja um tempo pelas estrelas,

Mas tenham cuidado com seus portais,

Pois em cada buraco ou cada centelha,

Terão armadilhas de virgens vestais.

 

E o fogo é sagrado pois é energia,

Acendendo no tempo que se escuta,

Porque Deus é o signo dessa agonia,

Onde as sinfonias são pra labuta.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 14/12/2024
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