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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

ENTRE MILÊNIOS

ENTRE MILÊNIOS

 

Finais de milênios são sombras,

Se o reinício for como os sóis,

Mas vou lembrar das catacumbas,

E quando eu vi morrer girassóis.

 

Foi muito lixo e suas inverdades,

Quando a dona mentira nos ensinou,

Tirando textos de outras verdades,

E fizeram da bíblia o que restou.

 

Não sou pecador pois não há pecado,

E cada virtude depende da opinião,

Pois cada bebê é em puro estado,

Por não conhecer nem anjo ou cão.

 

Errar sempre foi um modo de vida,

Mas nunca digas que começou assim,

Pois certo e errado tem nossa medida,

E questões de fé é flor de jardim.

 

As flores não são a razão da vida,

Mas trazem o pólen que nutre abelhas,

E da sua sobra outra vida convida,

Pois une o sol à sombra de telhas.

 

Disseram que estamos entre eras,

Saindo de peixes e vendo aquário,

E com as turbulências tu ponderas,

Mas não é Deus, só um legionário.

 

Ninguém entendeu sermos criaturas,

Sem raça ou etnia que nos aproxime,

Pois criaram dinheiro e partituras,

Sem perceber que o ódio é crime.

 

Tocam instrumentos só para o réquiem,

E esquecem de sublimar nossa ganância,

Pois a morte chega e ceifa a messe,

Nutrindo o caos, sem fé na infância.

 

Fazem as guerras e matam esperanças,

Pois cada criança é o nosso futuro,

Que não virá para um povo apenas,

Se irmã com irmão da fruto obscuro.

 

Não vejo iguais nessa dimensão,

E o tempo não permite ir além,

Então, vou viver a crua versão,

Que me pede o amor, axé e amém!

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 02/12/2024
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