A HISTÓRIA PREVÊ O FUTURO
Quando a corrida virou esporte,
Foi devido à guerra na Grécia,
E foi para nos falar da sorte,
Que livrou os gregos da Pérsia.
Rei Dario veio com seu exército,
Pois o tempo antigo era cruel,
Onde humanos não sabiam o certo,
Porque o saber não usava papel.
O que se aprendia morria consigo,
E apenas o entorno ouvia a lição,
Seja em Atenas ou margem do Nilo,
Mas o éthos antigo pegou a visão.
Hoje eu agradeço a Zeus e a Platão,
Senão eu seria o néscio de Sócrates,
Mesmo que fosse Confúcio em Cantão,
Pois os pergaminhos eram pra dotes.
Quem pôde ler algo e logo entender,
Teve o privilégio de ouvir o vento,
Como a biruta que nos faz conhecer,
A brisa e a chuva bem antes do tempo.
Quem lê a história prevê o futuro,
E quem tem o hoje não sabe o amanhã,
Porque temos ciclos e não há escuro,
Pra quem souber andar sem manhã.
Quem grava o caminho pode ser cego,
E não ficará refém de grãos e pardais,
Porque ninguém vive como um morcego,
E poucos conseguem ser paranormais.
O estado sensitivo é para poucos,
Pois a maioria é Makota ou Tata,
E uma possessão não conecta loucos,
Mas liga o eterno ao gênio da lata.
Alguém tem um sonho e ganha no jogo,
E não há uma fórmula que justifique,
Por isso, lhes digo, ouça seu lobo,
Pois eu creio que um ateu acredite.
Acreditar nos cobra ter informação,
E, por isso, Tomé foi a Maquiavel,
Perguntar-lhe sobre qual a razão,
De poder haver lendas de Rapunzel.
Eu prefiro conversar com animais,
Mesmo que não entenda seus verbos,
Porque hoje não há mais embornais,
E no limbo vou guardar meus versos.