REGRA E OBJETIVO
A injustiça parece ser regra,
E a ganância é o seu objetivo,
Pois as trinta moedas da entrega,
Nunca foram o verdadeiro motivo.
Querer prata e ouro é um vício,
De quem quer ser Midas no trono,
Mas esquecem do fim ou início,
E quem pode ser o seu patrono.
Todo povo tribal quer o amor,
Pois o resto é frente às feras,
E num colo o frio se faz calor,
E nos diz o que nos empodera.
Somos os mamíferos mais ágeis,
E estamos no topo da pirâmide,
Embora nós sejamos disfarces,
Sendo cúmplices de algo infame.
Tem quem queira ser a verdade,
E não compreende que é cultural,
Pois nunca existirá, de verdade,
Um dono bom e o outro normal.
O mundo humano está muito louco,
Com tantas ideologias e religiões,
Que não entendem o que é pouco,
Se não são sóis nas constelações.
Somos menos que um grão de poeira,
Pois até grão de areia é bem mais,
E pensar que Zeus fez as sereias,
Quando somos apenas mortais.
Somos só energia de um tempo,
Alinhados com a vontade celeste,
Num portal que tem água e vento,
E um sol que nos nutre e veste.
E não adianta ir mais adiante,
Pelas estrelas nesse corpo fraco,
Porque tudo passa num instante,
E nem mesmo assinamos contrato.