O QUE ALMEJAMOS
Todos nós almejamos um futuro,
Mesmo quando não vimos o passado,
Ou mesmo com um presente escuro,
Pois não cuidamos do ser amado.
Amar o próximo é amar a terra,
Porque odiando não existimos,
Mas o ser ruim quer a guerra,
A qual desconstrói os destinos.
A fala dos mestres nos consola,
Mas nossos erros não tem perdão,
Pois o universo não dá esmola,
Mas nos oferta a água e o chão.
Já temos o Sol, a lua e o vento,
Junto com a água doce ou de sal,
E temos minérios e o sedimento,
Ou noite e dia como um festival.
Sejamos amigos, tenhamos ao outro,
E logo rezamos por um presságio,
Mas o São Francisco foi um louco,
Pois não digladiou num estádio.
Por enquanto, quero ser o adubo,
Com os verbos que trago na prosa,
Pra dizer à criança e ao adulto,
Que o sonho do espinho é a rosa.
Todos querem somente felicidade,
Até mesmo o pior dos demônios,
Pois a vitória é a insanidade,
A qual alimenta os neurônios.