DIREITO ÀS MAÇÃS
A humanidade propõe ser extinta,
Quando destrói a tudo que presa,
Sendo a vida no quadro sem tinta,
Ou um artífice sem a destreza.
Só buscam ter poder pelo ego,
Sem olhar para o céu e o luar,
Pois no caos tudo é como prego,
Que só penetra se não entortar.
Nós nunca queremos ter regras,
E vivemos sem pensar no amanhã,
Mas Deus se faz em ofertas,
E nos dá o direito às maçãs.
Nós devíamos se ver no futuro,
Como alguém hoje olha o passado,
Pra saber qual razão do escuro,
Se o dia for claro ou nublado.
Mas, todos querem ter a razão,
Só não sabem porquê estão vivos,
Pois a regra do cosmo é ser mão,
Que não tem contramão ou motivo.
Mas, quem sabe, tudo está em nós,
Já que somos frutos da sinergia,
Que há pelos portais, como um nó,
Que ata os caminhos da energia.
Por isso o Sol vai até Plutão,
Embora ninguém pegue carona,
Pois Jupiter viu até a Platão,
Como viu até Ur, Tróia e Roma.
Mas tudo aqui finda ou morre,
E não adianta ter ouro ou Tv,
Se um dia minha seiva escorre,
E não há quem a possa reter.
Eu vejo o corpo no gelo ou âmbar,
Que se preserva, mas está inerte,
Então, não diga que tudo é samba,
Porque meu baião vem do nordeste.
Sejamos mais alegres e empáticos,
Saibamos que essa vida é efêmera,
Se o tempo é sempre enigmático,
Mas quer solução dos problemas.