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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

ESCÓRIA E SÚCIA

ESCÓRIA E SÚCIA

 

Nos dias de hoje o pobre agoniza,

Mas também podem ter sonhos,

Porque os algoritmos são balizas,

Que não nos revelam quem somos.

 

Vivemos todos com muitos desejos,

Sejam necessários ou só luxúria,

E é assim tudo que ouço ou vejo,

Quando se luta por causa espúria.

 

É um fato o fascismo na América,

Pois acolheram os velhos nazistas,

E mentiram até mesmo com Eureka,

Quando a bomba matou xintoístas.

 

Vimos o mal nas grandes guerras,

E também vimos o bem se acovardar,

Pois tivemos a chave que encerra,

Mas as guerras teimam continuar.

 

Criaram os bolsões de penúria,

Pois assim sustentam o capital,

Com desculpas que são injúrias,

Se a pobreza tem dono ao final.

 

Hoje a riqueza está mais concentrada,

E a pobreza tem o disfarce do pecado,

Como fosse numa punição profetizada,

Onde fé e capital distraiam o gado.

 

Somos levados a idolatrar o algoz,

E achar que a nobreza é divina,

Para aceitar que nos calem a voz,

Ou votarmos nos donos da cantina.

 

A escória humana se faz de direita,

Por causa da morte das liberdades,

Pois usam cabresto até na colheita,

Ou nos latifúndios de cada cidade.

 

Pois vendem o direito de ir e vir,

Falando que tudo depende da compra,

Mas só quem compra é o grão vizir,

Que é sinônimo de quem dá a bronca.

 

A súcia domina todos os palácios,

Bem como os púlpitos dos templos,

Ou as teocracias avançam no Lácio,

Porque já nos roubaram faz tempo.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 27/06/2024
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