HUMANO DÉBIL
Não nascemos com o estigma do vício,
Mas eles ocorrem durante o caminho,
Seja pelo instinto que vem no início,
Ou nefastas infecções por espinhos.
São nessas rosas que ferem e matam,
Que nos fartamos do que nos molesta,
E, sem percebermos como estragam,
Achamos ser mágica a cereja da festa.
O humano débil se imola na glória,
Com as guerras que opiam a verdade,
Como toda droga que tira a memória,
E já não há santo, mas insanidade.
Quem manda nas guerras veste gravata,
Bem como turbantes, quipás e chapéus,
Estupram e matam em meio às bravatas,
Como se aqui fossem deuses dos céus.
Enganam a todos, pois querem riqueza,
Buscando na morte terem vida eterna,
Mas não acharão o cálice sobre a mesa,
Pois a ceia divina não é na caserna.
Quem fere com a espada será ferido,
Quem mata o justo viverá sua culpa,
Mesmo que não seja como preterido,
Mas no caos eterno que não permuta.
Somente um tolo mata para agradar,
Ou dá seu suor como um ato de fé,
E quando chegar sua vez de sangrar,
Vai pedir o perdão ao que não "É".
Só não sabem que a hora não é nossa,
Nem o sopro da vida é nosso direito,
Mas haverá o dia em que tudo possa,
Só que não será do nosso jeito.