NUCLEAR COMO VAMPIROS
Toda vez que houver guerra,
Seja bem mais que protesto,
Pois a guerra nunca encerra,
Se tu te calas com meu verso.
Desde os idos contemporâneos,
Que a paz se vê mistificada,
Se o munturo é do subterrâneo,
E a guerra se vê normalizada.
A guerra hoje é um modo de lucro,
Pois o botão nuclear está vivo,
E resiste pelas mãos dos loucos,
Que curtem o luxo como vampiros.
Se olhassem o nexo das novelas,
Lá veriam o futuro pelo passado,
Com mensagens advindas de telas,
Onde mentores digladiam de fato.
Hoje o mundo ferve em guerras,
Que geram seus loucos tiranos,
Desde quando um poder desterra,
E faz mártires até por engano.
Quando a morte não choca a fundo,
A violência perdura como fantasia,
Mas se decepa João ante o mundo,
Já não temos nações como guia.
Esse mundo de agora é insano,
Pois respeitam só ouro e armas,
Sem bons gestos, nem jejuando,
Mas queimando corpos e almas.
Quem quer a paz na Palestina,
Senão quem viu a sua história?
Pois a guerra não serve de rima,
Onde só o amor é nossa vitória.
Nunca deveríamos matar um igual,
Pois há terra e água pra todos,
E não precisamos dispor do mal,
Se já basta morrer como tolos.
Seria melhor se nascêssemos feras,
Pois iria doer somente as escaras,
Mas fingimos conviver nessa esfera,
Onde matamos cada vida tão cara.