DUELOS
Vicejam duelos de vida e morte,
Onde as escaramuças nos moldam,
Pois a humanidade busca na sorte,
Quando nem sabem que atuam.
Recordo das lutas na mocidade,
E os filmes de bigas e gládio,
E até o kung fu de inverdades,
Sem arte que nos cure o ódio.
O que nós plantamos cresceu,
E o mal estendeu os tentáculos,
Se o ar que era puro adoeceu,
Com as chaminés e seus ratos.
Tudo agora é fonema sem léxico,
E as poesias já não têm rimas,
E põem toda calma no México,
Por causa de Zorro e esgrimas.
Mas nós já sabemos da culpa,
Dos que idolatram o dinheiro,
Pois vivem de jogo e de puta,
Quem prega ser dono do reino.
Tomara que as máscaras caiam,
E mostrem a certeza nas faces,
Pois olho no olho é no claro,
Senão ninguém vê as verdades.
Tiraram o direito ao suspiro,
Dos que já não tinham mais casa,
Cercaram com muro, mas dão tiro,
Pois ainda há tiranos na praça.
Quem mata pessoas por esporte,
São os nazistas e os sionistas,
Pois a América lhes dá suporte,
Com gurus e loucos animistas.