JOGOS NA VIDA
Sentar à mesa de jogos,
Ou à mesa para o jantar,
Diferem nos propósitos,
Ou nos modos de sonhar.
Enquanto um vê o ganho,
O outro faz sobreviver,
Mas tudo é muito estranho,
Se ganhar é saber viver.
Quem gosta de jogo tem vícios,
Diferente de quem vai comer,
Pois o jogo nos liga a hospícios,
Quando a fome sustenta o ser.
Todos nós temos necessidades,
Mas nem sempre sabemos qual é,
E os sentidos falam as verdades,
Como a fome ou sede qualquer.
O arrepio nos diz sobre clima,
Ou sobre o medo e as paixões,
Mas se um vem na casa ou colina,
As emoções vem do risco de ações.
Sentado à mesa de um jogo,
Devemos cuidar da amizade,
Pois o jogo é amigo do fogo,
E também cria uma inimizade.
Na disputa se perde ou ganha,
E por isso o jogo é nefasto,
Pois o fraco que ali apanha,
Não esquece da dor no casco.
E quem guarda rancor adoece,
E quem causa rancor é doente,
Pois não sabe do que aquece,
Ou que esfria tão de repente.
Só no jogo da vida há ganhos,
Pois se trata de sobreviver,
Ao manter esperança e sonhos,
Nesse mundo de ter ou de ser.
Mas prefira ser algo correto,
Que construa o futuro e o lar,
E garanta um caminho aberto,
Onde o gozo vê sol e luar.