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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

NA URBE, NO CAMPO

NA URBE, NO CAMPO

 

Quero a chuva de volta ao sertão,

Para plantar o que eu quiser,

E não promovo queimada no verão,

Pois não quero um solo qualquer.

 

Tenho a palma, o umbu e o juá,

Mas também aroeira e pau-ferro,

Como a mangaba ou o maracujá,

Que eu planto até no inverno.

 

Assim que posso, vou à cisterna,

E junto a bica pra chuva reter,

E semeio com técnicas modernas,

Para produzir o que vou comer.

 

Vou plantar feijão e macaxeira,

Mas junto da casa farei o pomar,

Perto da água terei forrageira,

Para vaquinha que vou ordenhar.

 

Se puder, vou criar boas cabras,

E montar um poleiro mesclado,

Pois eu quero cocás e patas,

Com codornas e galinhas ao lado.

 

Se der jeito, vou ter um açude,

Pra criar o peixe e o camarão,

E ter uma pocilga que me acode,

Com o esterco que aduba o chão.

 

Na casa, quero fogão de lenha,

E um forno em que faça os pães,

E a varanda com rede e senha,

Pra falar com minhas conexões.

 

Vou partir para esse cantinho,

Tão logo a saúde me permita,

Pois a rosa na urbe é espinho,

Mas no campo a rosa é bendita.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 29/02/2024
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