PREFIRO RESPEITO
As doenças do convívio são nossas,
E elas afetam nossa racionalidade,
Por isso, uns só agem como orcas,
Ferozes com todos, na insanidade.
O nosso momento é de bestialidade,
Tida como normal, mas é loucura,
Pois matam como na antiguidade,
Sem nexo causal para a tortura.
Tudo hoje evoca o puro sadismo,
Pois gozam vendo o outro sofrer,
Matando crianças, à toa no abismo,
Enquanto deturpam o modo de ser.
Todos nós sabemos do holocausto,
Como também da loucura de Nero,
Mas é Netanyahu o novo incauto,
Dizendo ao mundo: - Eu incinero!
O pior é que não há somente ele,
Mas estamos cheios de recalcados,
Como aqueles que sentem na pele,
A torpe sequela do circuncidado.
Tem aquele que se diz patriota,
Mas esquarteja o seu semelhante,
E quem diz que a família importa,
Mas só dá carinho à sua amante.
Eu prefiro quem tenha respeito,
Por todo humano e toda natureza,
E saiba saldar o leite do peito,
Pois é o altruísmo, com certeza.