QUERO UMA REGRA
Quando vejo crianças assassinadas,
Vislumbro um futuro tenebroso,
Onde não haverão boas invernadas,
Mas um mundo funesto e raivoso.
Quando jovem eu tive esperanças,
De que o paraíso viria até nós,
Não na forma que a morte alcança,
Mas como a terra de pais e avós.
Mas hoje só temos os carrascos,
Os quais desdenham da humanidade,
Acham que vão ser nobiliárquicos,
Mas não duram para ser verdade.
Todos irão morrer em algum dia,
Só não queiram ser como relógio,
Pois essa vida requer galhardia,
Como também a esperança, é óbvio!
Se não aprendermos tudo partilhar,
E sabermos que dormimos tão juntos,
Essa nossa vida só vai nos parar,
Se buscarmos apenas "pés juntos".
Eu quero uma regra certa de vida,
Onde o jovem de despede do velho,
Onde cada criança seja atrevida,
E enfrente esse desamor tão sério.
Precisamos esquecer a idade média,
Transformando tristeza em alegria,
Vicejando como as rosas da Pérsia,
Ao lembrar dos amores que haviam.
É preciso ter um fim de linha,
Para os modos de vida egoístas,
Onde todos os ismos se alinham,
Mas não é o que a gente precisa.
Fanatismo, xenofobia e nazismo,
Fascismo ou bragas sem alforria,
São escravidões de um narcisismo,
Que une servidão com mais valia.