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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

SOB A PAZ ISENTA DE APELOS

SOB A PAZ ISENTA DE APELOS

 

A labuta da vida deixa escaras,

Com as cicatrizes que não esqueço,

Mesmo quando o perdão dá as caras,

Mas não vou esquecer, eu confesso!

 

Cada ato de tortura tem um preço,

Que é algo do qual nem discuto,

Mas quem bate esquece do apreço,

Que não mais lhe devota o justo.

 

Quem sofre o desprezo não esquece,

Mesmo quando oramos por sanidade,

Pois a sede e fome de quem perece,

Traz junto a morte, como verdade.

 

Hoje, ao vivo, temos genocídios,

Em cada espaço e lares do mundo,

Pois se jogam como esgoto nos vícios,

Para celebrarem sujeitos imundos .

 

Temos um planeta dessa dimensão,

Onde o que era longe, hoje é perto,

Aprendemos a viajar até de avião,

Mas ainda não há humanos libertos.

 

Somos prisioneiros de nossa ironia,

Querendo dizer sermos donos de tudo,

Mas tudo é algo que me dá agonia,

Pois esse desejo é o mais absurdo.

 

Eu sou a sensatez de saber que morro,

Que meu pensamento é finito e divaga,

Eu sou lucidez, mesmo acima do morro,

Mas, até o meu touro às vezes empaca.

 

Os tolos se juntam até com belzebu,

E vestem as máscaras de serem bons,

Mas sempre haverão novos Netanyahus,

Gerando as mortes, comendo bombons.

 

Então, espero acordar desse sonho,

Que é tão medonho ou um pesadelo,

Em um mundo que não seja bisonho,

Mas, sob a paz isenta de apelos.

 

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/11/2023
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