SANGUE DE LÁGRIMAS
Em nossas veias correm sangue,
Mas o plasma é feito de lágrimas,
Nossa carne suspira em transe,
Com a tortura de guerras trágicas.
Os Estados deveriam ser acalanto,
Mas segregam a pele e a cultura,
Crêem no abismo sem fé ou santo,
Pois o diabolismo é sua aventura.
Quem domina os Estados são cães,
Mas são cães bem anti-domésticos,
Pois os cérberos matam as mães,
Como monstros fingindo préstimos.
São países iludidos como Israel,
Que se travestem de democracias,
Mas são danosas como um cartel,
Pois não admitem suas heresias.
Matam a todos que lhes conflitam,
São a discórdia como regra de paz,
Não entenderam o ódio que agitam,
E são a blasfêmia como fez Caifás.
O meu choro é sangue de lágrimas,
Quando vejo os corpos mutilados,
Pelas bombas e as mortes trágicas,
No holocausto palestino anunciado.