UM SEGUNDO DE ENGANO
Alguém declara a prática ilícita,
E que teria feito em um segundo,
Mas a cena gravada é explícita,
E ninguém vê tais atos imundos.
Dizem ser preciso ver para crer,
Como São Tomé tem a referência,
Pois não foi um espírito a dizer,
Mas a hipótese que pede ciência.
Mas se alguém declara ter feito,
E não consegue a prova gravada,
Com certeza o que se vê é efeito,
Dos ardis ou pilhérias armadas.
A inveja humana é algo funesto,
Pois é um defeito que deprecia,
Não salva um justo do inferno,
Pois o inferno faz parte do dia.
Tanto nos falam sobre o céu,
Mas tudo tem um mote na guerra,
Tudo é selva, caveira e ao léu,
Se matar ou judiar é a regra.
Há sempre um segundo de engano,
Para não dizer que são pelos dias,
Quando na vida há torpes humanos,
Mas devíamos ser Virgens Marias.
Deveríamos pensar numa vida de paz,
Onde nossos atos fossem só de amor,
Pois traição e usura a tudo desfaz,
E não são verdades do Nosso Senhor.
Talvez um dia alguém se arrependa,
Mas isso pode ser tarde demais,
Fazendo sofrer por atos ou lenda,
Mas só Deus é quem lê os jornais.