VERSÕES DE ESCRAVIDÃO

VERSÕES DE ESCRAVIDÃO

Se acordassem a bela adormecida,

Mas fosse no tempo contemporâneo,

Não teríamos a bela reconhecida,

Pois o mundo agora é instantâneo.

Bem antes a viagem durava uma vida,

Foi assim que Moisés morreu à porta,

E nas guerras só vejo as despedidas,

Pois da batalha só sai gente morta.

Sempre há tempo para se repensar,

Pois cada atitude tem sua resposta,

E os povos precisam contemporizar,

Pois não adianta viver de apostas.

O mundo é sem muro e sem cadeado,

Mas tem as vivências de cada etnia,

Que já não são como no passado,

Pois tudo é gestado com mais valia.

A revolução industrial é um marco,

Criando novas versões de escravidão,

Dizendo que há mérito no contrato,

Que faz um servo viver de ilusão.

Dizem pro serviçal que ele será rico,

Mas cobram aluguel até nas refeições,

E regulam sua vida com leis e apito,

E o êxtase dos toques nas religiões.

Incutem no pobre de que é uma sina,

Buscando incutir-lhes ser algo divino,

Ou que Deus fosse viver da rapina,

Como águia de Roma nos Apeninos.