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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

OLHANDO O SOL

OLHANDO O SOL

 

Há dias em que estamos cansados,

Mesmo assim há o dia e a noite,

Como as lutas num piso encerado,

E os balanços dentro de um bote.

 

Se há calmaria ou são furacões,

Só o trajeto e o vento me dirão,

Ou se derrapo subindo vulcões,

E caio no abismo de uma ilusão.

 

Eu sei que devemos nos ajudar,

Porque sozinhos não há estrada,

Como não adianta se imolar,

Quando erramos e tudo é nada.

 

Mas ainda vale a pena sonhar,

Se há planetas que não conheço,

E eu procuro no céu e no mar,

Seus modos de luz e me aqueço.

 

Dizem que não tenho mais Plutão,

Mas na cintura de Kuiper estou,

E vejo de lá as luas e o chão,

Em cada lugar que me encantou.

 

Olhando o Sol, me vi asteróide,

E logo vendi os anéis de Saturno,

E tive o meu corpo de andróide,

Como sacrifício em modo absurdo.

 

No espelho do tempo eu gritei,

Pra Titã me mostrar todo a Zeus,

Que gravita com um senso de lei,

E bem sabe eu ser um Prometeus.

 

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 18/09/2023
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