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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

JEQUIÉ QUANDO JOVEM

JEQUIÉ QUANDO JOVEM

 

No jardim da praça que havia,

Tinha um gramado e os girassóis,

E o busto de Ruy com a fantasia,

Mas sua história reflete em nós.

 

Quando fui jovem, havia tabuleiro,

Tinha pipoqueiro e pontos de táxi,

Passava ônibus e tinha banheiro,

Como as farmácias e a Loja Comasi.

 

Quase todos os bancos estavam ali,

Mas também lá estava a Casa Amaral,

Tinha Rádio Bahiana e o poeta Waly,

Sentado na praça ao dar recital.

 

De um lado, Banco do Brasil e Real,

De outro lado, o Petit e Rex Hotel,

Mas, lá perto da feira e do hospital,

Tinha igreja Matriz e até São Miguel.

 

E os cinemas marcavam a avenida,

Que era tão bonita, com o viaduto,

De um lado, Joaquim Romão e saída,

E do outro, era mato e os macucos.

 

Jequié teve o maluco Guito Guigó,

Mas quem o conheceu sabia que não,

Mas o Prado teve um Doutor Corró,

Que cuidava de Guito e era bão.

 

Nesse agreste há riquezas ocultas,

Tudo é natureza de água e minério,

Com cachoeiras, morros e grutas,

E suas horas de sol é mistério.

 

Aqui tem rios, estradas e ouro,

Tem mármore, granito e rodovias,

Resguarda a Chapada e seu tesouro,

Ligada aos portos pela ferrovia.

 

E se em tudo nós somos América,

Diria que há um acerto de contas,

Seja na história do rio que seca,

Ou nas margens do Rio das Contas.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 14/09/2023
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