PAULO GUSTAVO, CULTURA PRESENTE!
A lei advém dos modelos sociais,
E reveste-se de artigos e moral,
E a cultura afronta seus normais,
Fazendo, com atos, o seu festival.
Aqui no Brasil, cultura é dilema,
Pois ir à escola é algo moderno,
Teve no inicio um palco e cinema,
E hoje a cultura é fé no eterno.
A humanidade gera encanto e artistas,
Mas hoje devemos lembrar quem passou,
E Paulo Gustavo foi mais que a pista,
Foi modo de vida que nos abraçou.
Tão rápida fora a sua viagem,
Mas teve a coragem de indignar,
Desceu do salto, saiu da garagem,
Pegou seu metrô e foi atuar.
Mesmo com a tragédia de ver a morte,
Ele foi corajoso e pediu pra lutar,
E hoje a cultura agradece a sorte,
De Paulo Gustavo ser lei pra sonhar.
Ele foi ator e o humor do artista,
Também foi roteirista e apresentador,
E veio como verdades de um analista,
E, além de fazer cultura, foi diretor.
A saudade que ele tanto nos deixa,
Se cobre de flores, com fé e amor,
Pois as frutas que levo na cesta,
São como versos, Sinhá e Sinhô!
Um artista tem vários sinônimos,
De improviso até a espiritualidade,
Pois sem arte e sonhos homônimos,
Nossa vida se esvai sem qualidade.
Sejamos como Paulo em Gustavo,
Na eloquência do verbo e da arte,
Entoemos até salmos e um brado,
Se um grito nos livra ou é sorte.
Não esquecerei aquele 4 de maio,
Pois não despeço quem está presente,
E seguirei na cultura como raio,
Ou com trovões que acordam a mente.
Como eu diria numa sala de aula,
Depois que me acham estar ausente,
Como um Paulo Gustavo sem jaulas,
Afirmando que estamos presente.