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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

O PODER DE ESCREVER

O PODER DE ESCREVER

 

Foi como escrevi que tu nasceu,

Seja tu um africano ou asiático,

Seja tu o aborígene ou europeu,

E vós deveis a meu eu midiático.

 

Se alguém inventou o avião,

Foi porque tornei-o público,

Senão a ferrugem em um galpão,

Elevaria os segredos ao cubo.

 

Quem conquista nunca é do bem,

Pois se torna dono e carrasco,

E só fala que antes é de ninguém,

E sofremos por seu beneplácito.

 

O invasor se diz dono de tudo,

Pois é dele o poder de escrever,

E ditar cada letra e estatuto,

E a história que vamos saber.

 

São nos exemplos desde o início,

Onde a culpa é da fera e o cupim,

Pois a besta humana é suplício,

Que o hospício lhe acha ruim.

 

Se há vírus no mundo é humano,

Pois somos imortais no caderno,

E ao lembrar do exemplo romano,

Vi que Cesar quis ser eterno.

 

Quando alguém se diz descendente,

Ele quer de todos a idolatria,

Ao romper a verdadeira corrente,

Que são ciclos de vida e de dia.

 

Não se conta o tempo pelo lugar,

Pois a viagem é sempre contínua,

Mesmo se houver pedra de lagar,

E eu amassar uvas com a língua.

 

O ser humano nasceu a esmo,

Em toda África e chegou aqui,

Mas foram levas de fogo aceso,

Que guiaram o meu povo tupi.

 

Quem vem primeiro é o dono,

Quem vem depois é o ladrão,

Assim foi o índio e o colono,

Pois a ganância tem eurovisão.

 

Nos primórdios o prazer é comida,

Com todo avanço trazendo miséria,

Porque queremos tudo nessa vida,

Mas vem a morte e nos desespera.

 

Como entender o nosso Universo,

Se enxergamos só o seu passado?

E sobre o amor que digo no verso,

Será que cabe vocês ao meu lado?

 

Sejamos bons uns com os outros,

Pois só é feliz quem doa e serve,

Deixemos o bom adubo nos brotos,

Para que a história nos preserve.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 01/07/2023
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