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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

MEU SILÊNCIO NA ÁGORA

MEU SILÊNCIO NA ÁGORA

 

Nenhuma vida entende o silêncio,

Se o coração palpita e pergunta,

Sobre quem vai quebrar o silêncio,

Que não tem corpo e não fecunda.

 

Fora do silêncio há gargantas,

Que sibilam em busca de ecos,

E se prostram a quem lhes cantas,

Sinfonias de tons tão corretos.

 

Mas não há mais ninguém a ouvir,

Porque já explodiram a estrela,

Que aguardava por um grão-vizir,

E lhes falta platéia pra vê-la.

 

Ninguém ouve além do passado,

Porque todo presente é silêncio,

Pela estrada do que foi falado,

E ouvir lhe requer algum senso.

 

Ecoar me requer ter a garganta,

Pra poder expelir o que sinto,

Ou até suspirar só meus mantras,

Pois na hipnose é que não minto.

 

Se quiserem meu silêncio agora,

Será mórbido silêncio do tempo,

Onde estarei absorto na ágora,

Sem fala, por não ter evento.

 

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 14/05/2023
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