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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

ILUSÕES E IMPÉRIOS

ILUSÕES E IMPÉRIOS

 

Depois que arrotamos bondades,

Talvez eu converta os hereges,

E também os pagãos das cidades,

Que jejuam até com tuaregues.

 

Vi seus rastros pelos desertos,

Como cobras também se arrastam,

E pensei que só eu estou certo,

Até quando um Narciso se acalma.

 

Desse jeito, achei ser um nobre,

Com direito a cobrar indulgência,

Pra ser dono do ouro e do pobre,

E se dizer titular da regência.

 

Se disserem algo ao contrário,

Esquartejam como Vercingetórix,

Declarando-o um amigo gregário,

Mas o gládio transpassa o tórax.

 

Isso tudo foi obra do ontem,

Quando hoje há navio nuclear,

Loteando o escárnio do homem,

Que se acha dono de um lugar.

 

E assim, vão ilusões e impérios,

Sejam Pérsia, Egito ou a Núbia,

Como droga dos mesmos clérigos,

Disfarçados de monge ou druida.

 

Tivemos as pirâmides e a távola,

Mas também os castelos e templos,

E no meio há sempre a metáfora,

Que deifica até mesmo os ventos.

 

Mas é o tempo que gesta energia,

Seja como uma estrela ou um cão,

Pois se cada estrela for guia,

Só com sabedoria seremos dragão.

 

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 27/04/2023
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