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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

O LAVRADOR E A ROÇA

O LAVRADOR E A ROÇA

 

O velho lavrador voltou ao campo,

Pegou sua enxada e sulcou a terra,

E com seu cavador rasgou o manto,

Para semear bem perto da cisterna.

 

O lugar é pequeno, chamado de roça,

Mas era a fazenda que tanto sonhou,

Vertendo água no açude e nas poças,

Podendo irrigar tudo que planejou.

 

Contou com a ajuda de um dos filhos,

E colocou as mudas de umbu e cajá,

E se divertia pelas roças de milho,

Ou quando a colheita foi maracujá.

 

Botou várias colméias de jitaís,

Lembrando de ter mandaçaia e uruçu,

Criou codornas e perdizes pra si,

Mas também cascavel e surucucu.

 

Numa parte do sítio era capineira,

Mas também havia a palma do gado,

Pois quis ter o leite e a manteiga,

E seu requeijão com café pingado.

 

Plantou o pomar e também a horta,

Para ter de tudo em sua cozinha,

E colhia as frutas para compotas,

Tendo verdura, feijões e farinha.

 

Deu sua voz à varanda da casa,

Pois lá declamava suas poesias,

E o filho tinha violão e tocava,

A festejar com amor e alegria.

 

Ali deixou o lugar do oratório,

E a Mãe inquirida cobriu de axé,

Assentou o seu orixá meritório,

Buscando paz e fartura com fé.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 24/04/2023
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