FESTAS E SUAS VERDADES
As sociedades querem ter festas,
Mesmo quando não seja um acordo,
Pois quem quer uma vida modesta,
Só quer paz para ter o conforto.
Suas verdades requerem poetas,
Para emblema do sonho querido,
Porque elas são quem manifesta,
Se o seu texto foi preterido.
Quem divaga pelos questionamentos,
Quer respostas que talvez machuque,
Pois futrica não é um pensamento,
Mas querelas além de um batuque.
Nos carnavais, cortando a avenida,
Quem passou sabe mais que sambar,
Mas nem tudo que há nessa vida,
São orgias ou senhas para amar.
Há quem diga que há sofrimento,
Ao mesmo tempo de cada folia,
Pois nem todos têm discernimento,
De que não há uma eterna alegria.
Em qualquer lugar do planeta,
Seja no Rio ou na velha Bahia,
É preciso se temer os cometas,
Pois do Cosmo pode vir agonia.
Quem garante seu modo de vida,
Se os dias se faltam sem conta,
São as setas que indicam a saída,
Mas também nos ferem de monta.