À PROCURA DE SOLUÇÃO
Há um dia pra cada surpresa,
Dentre todas que ainda terei,
Mas eu creio na ceia à mesa,
Porque temos anjos, eu sei.
Hoje eu andei em zigue-zague,
À procura de certa solução,
Fui a todo lugar que me pague,
Eu me doe esperança ou pão.
Essa história é do homem pobre,
Como a maior parte de um povo,
Que nunca entende o que é nobre,
Quando nem se alimentam de ovo.
Certas pessoas já tiveram tudo,
Seja agora ou em vidas passadas,
Mas um mundo tem mil absurdos,
Com idosos perdidos na estrada.
Tempos loucos que amam dinheiro,
E produzem com muita ganância,
Plantam o que dá ouro primeiro,
Sem saber o que come na ânsia.
Todos querem direito ao descanso,
Se até um escravo é sobrevivente,
Pois não somos a ilha do ocaso,
Se devemos ser mais continente.
Mas ainda agradeço as bondades,
De quem preza o amor de verdade,
Que se põe no lugar da saudade,
E é feliz ao ser bem consciente.
Quem ajuda é moeda ou carinho,
Na atenção demonstrada no andor,
Com suporte a quem fica sozinho,
Depois de aprender com a dor.