VOZ DE CONFIANÇA
Fui ter voz assertiva,
Só depois de adulto,
E de tanto estudar,
Mas fui mais narrativa,
Do que foi o meu luto,
Nas etapas que há.
Pude lhes dar confiança,
Depois de uma luta,
Buscando acertar,
Pois não tramo vingança,
Nem quero a lambança,
Então, vou amar.
Fui a pé com minha dor,
Me exilei de vocês,
para não devorar,
Só não fui vingador,
E por não ser doutor,
Não posso demorar.
Com voz de confiança,
Minha face é repente,
Que pode cativar,
Mas a voz é uma lança,
Que fere se alcança,
Onde ela adentrar.
Chega o tom de um olhar,
Vergado ao som da vara,
Em que cessa o luar,
Mas a mescla é sinal,
Que ainda é vital,
Para se acreditar.
Porque o jeito de crer,
Junta fundo do olhar,
Com o tom dessa voz,
Mas é meu modo de ver,
De tocar pra saber,
Se é melhor para nós.