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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

JÁ DISSE AOS TOLOS

JÁ DISSE AOS TOLOS

 

Se a altura for interminável,

Fico imaginando a dor na queda,

Embora estime ser indecifrável,

A voz que gagueja numa pedra.

 

Não fala quem já está morto,

E não cala um disco arranhado,

Mas sábio é fingir-se de morto,

Quando há predador ao seu lado.

 

Se no caminho tiver caipora,

Vou errar as ruas que quero,

E se não ver surgir a aurora,

Será noite ou eterno inferno.

 

Eu já disse aos tolos de agora,

A anarquia não serve a ninguém,

Porque isso me lembra Pandora,

Seja aqui ou no censo em Belém.

 

Veja o lago há tempos sem chuva,

Se nele não adentrar um riacho,

Será como Mar Morto e a viúva,

Onde sal e defunto é o que acho.

 

Morte apenas é algo simplório,

Se não tivermos razão para amar,

Só não digam ser mero velório,

Quando seu descendente está lá.

 

Todas nossas ações tem seu preço,

Como há o custo da consequência,

E impõe condições desde o começo,

Como a real previsão ou ciência.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 10/01/2023
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