DE ÓRION À TERRA
Se é coração que eu tenho,
Não posso convidar vampiros,
Ao sangue que não quer veneno,
Mas sim a saúde que aspiro.
Eu venho das bandas de Órion,
Vagando na corte de um cometa,
Só não quis ser urânio ou tório,
Ao viajar como errante gameta.
Aqui, renovei sonho e vida,
Sem precisar ser um parasita,
Ao me ver como seiva da oliva,
E com a fé de quem acredita.
O meu lar é como um planetóide,
Se eu olhasse o tamanho do Sol,
Onde a Terra seria asteróide,
Mas que gira e nunca está só.
Foi aqui que Deus me deu o ar,
Além do luxo da terra e o mar,
E me deu o direito de andar,
Ou crescer sob a lua e o sol.