CHEGOU A VISITA
Era tarde de um feriado nacional,
Mesmo sendo mais um dia que passo,
Tudo enquanto era um jogo normal,
Com amigos e o pai num terraço.
Fim de tarde e chegou a visita,
Com a alegria da grata surpresa,
Era o primo Florindo à vista,
Dono de uma maviosa destreza.
Desde o tempo que morei com ele,
Não esqueço dos causos contados,
Com o meu Tio Urquisa tão ele,
Em histórias precisas em dados.
O meu tio era tão perfeccionista,
Dedicado à família e ao trabalho,
E guardava os momentos de artista,
Desde quando foi luz no orvalho.
Nesse árduo jogo de sobrevivência,
Criou filhos bem longe do seu clã,
Casou tarde, mas obteve vivência,
Como exemplo para se ter vida sã.
Foi assim que aprendi a amá-los,
E meus parentes têm meu coração,
Onde as provas que tive e declaro,
São comparadas com a pura emoção.
Desse jeito não esqueço Vitória,
Se em Vila Velha eu me confortei,
Estudando bem mais que história,
E vivendo o que eu tanto esperei.
Me orgulho dos meus pais e tios,
E as famílias que me deram nome,
Pois o meu baobá provém do estio,
Sendo África que o sertão consome.
É o legado de Jequié até Ubaíra,
Como foi Santa Inês, sendo cidade,
Ao lembrar que Brejões não é ilha,
Mas em Braga, eu serei santidade.