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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

DIAS AUGUSTOS

DIAS AUGUSTOS

 

Nas escadarias de cada convento,

Erguidos lá no alto das serras,

Eu fico mais perto e contemplo,

O refrigério de Deus pela terra.

 

Querer o conforto nos templos,

Me juntando aos monges orando,

Serão dias augustos dos tempos,

E o gozo de estar celebrando.

 

Meditando eu busco refletir,

Cada passo na areia da praia,

Desde quando a pegada insistir,

Em dizer se eu fujo da raia.

 

É por isso que cobro de mim,

Compromissos com vida eterna,

Seja aqui ou em outro jardim,

Em versões vistas da caverna.

 

Foi assim que eu reli Platão,

E a visão pelas sombras brotou,

Pois mostrou o que delas virão,

Mas nenhum conforto se achou.

 

Na intempérie em céu aberto,

Sob o vento e raios da chuva,

Só nos sobra querer o deserto,

Como penitência ou por culpa.

 

Se traí eu nem sei sobre o beijo,

Pois disseram que dele é o poder,

E não sei se foi guerra ou desejo,

Pois amor vence o ódio que houver.

 

Já quis matar quem até me matou,

Mas Talião queria só se vingar,

Com a desculpa de que só votou,

E empossou quem não posso contar.

 

Só lamento que não compreendam,

Ser a paz meu presságio de Deus,

Mas o embate em que se enfrentam,

Tem rochedo e o mar, mas não eu.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 08/10/2022
Alterado em 08/10/2022
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