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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

AS TRAGÉDIAS À PORTA

AS TRAGÉDIAS À PORTA

 

Hoje eu revi o Ratatouille,

Em um filme sobre a culinária,

E falei que o museu era o Louvre,

Mas da França eu só vi a Itália.

 

Desde quando tudo é possível,

Que meu sonho visita a história,

E revela quem se casa no cível,

Mas também vê Helena em Tróia.

 

Olho para os casos de outrora,

Pelos mil casamentos comprados,

E o destino de irmãs e senhoras,

Ao sofrer com tiranos ao lado.

 

As tragédias estão registradas,

Como o fim de famílias e povos,

Com Cartago e Lisboa queimadas,

Sem ter ouro, galinhas e ovos.

 

Já rasgaram até o meu velocino,

E Jasão se perdeu na encomenda,

Pois Aquiles morreu no destino,

Tendo Esparta por sua tormenta.

 

Também rasgaram a minha farda,

Mesmo como fardão de Academia,

Tendo à porta uma onça parda,

Pois à noite é tudo que havia.

 

E meus livros eu nem escrevi,

Por ter minhas penas sem tinta,

Ou sem mesmo voar pra fluir,

Pois o tempo parou pelos trinta.

 

E depois de adulto é que vi,

Os apelos que o ninho palpita,

Nas sementes de mim ou de ti,

Como estrela que pulsa e agita.

 

E assim, sonho estar por aqui,

Ou em cada lugar que fui morto,

Seja em Dakar, Congo ou Pequim,

Se fui só um suspiro absorto

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 03/08/2022
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