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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

SÓ O AMOR DEPÕE A ARMA

SÓ O AMOR DEPÕE A ARMA

 

Só o amor pode construir,

Desde quando ele nos une,

Junto com a paz a influir,

Porque só o ódio confunde.

 

De tanto amar, sei que morri,

Pois meu ar já não assobia,

Mesmo no corpo em que vivi,

Desde que nada mais ouvia.

 

Sou a sombra que já findou,

Como a noite esconde o Sol,

Ou a lágrima de quem chorou,

Onde o vento secou o lençol.

 

Ler a voz de quem já viveu,

Só cabe a quem depõe a arma,

Se pegou os livros que leu,

E lembrou de vidas e carmas.

 

Quem preza a razão da pistola,

Saberá quem não leu e morreu,

Pois deixou de estar na escola,

Para ir por onde se perdeu.

 

Frequentar as praças de guerra,

Desde quando houver um coliseu,

Faz lembrar o sangue na terra,

Como festa em que morre até eu.

 

Ao contrário de pátria armada,

O futuro requer quem estuda,

Como boca que não fica calada,

E devora uma mente que é muda.

 

Há momentos que são adversos,

Como hoje se louva ter mortes,

Tudo em nome de um retrocesso,

Como fosse um sul sem o norte.

 

Tudo clama por ter equilíbrio,

Senão perdem a lei de Minerva,

E não podem viver como o ébrio,

Pois a pinga um dia enterra.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 14/07/2022
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