DIAS DE PAZ NÃO SÃO IGUAIS
Quem acha que tudo é igual,
Não viveu ou não sabe da vida,
Pois só há uma coisa normal,
Quando o sonho for despedida.
Se olhar para o céu infinito,
Pensará que só há as estrelas,
Mas, por certo, até do umbigo,
Saem filhos sem percebê-las.
Num deserto pensamos na paz,
Desde quando nada se encontra,
Mas o vento não diz o que faz,
Mesmo que o oásis se esconda.
É por isso que os dias de paz,
Não são iguais, pois há o sol,
Que me exorta o que a lua faz,
Pela noite em que ela está só.
Desse modo ela dá aos campos,
O vigor de um calor temperado,
Onde a vida se cria de ambos,
Pois a lua e o sol são arados.
Mas também somos noite e dia,
Como a soma das partes é tudo,
E vamos na sorte de ter alegria,
Até que a morte nos deixe mudo.