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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

SONHOS NO SILÊNCIO

SONHOS NO SILÊNCIO

 

Os sonhos só me vêm no silêncio,

E quando só, chegam em pesadelos,

Mas numa conversa acendo um incenso,

Pois tudo é caro ao toque dos dedos.

 

Eu busco incontinenti a minha calma,

No cheiro de essências, raízes e flores,

Enquanto me lembro de ter uma alma,

No brilho das luzes e as suas cores.

 

Será que na guerra terei a quietude,

Pois em cada batalha há medo da morte,

E logo verei só o fim da virtude,

Porque não fugiu, à espera da sorte.

 

Muitas vezes eu penso em andar só,

Pois má companhia nunca é benvinda,

Porque não é górdio o nome do nó,

Nem traz glória à vida que finda.

 

O meu sorriso, já foi a mil anos,

Pois lá eu vivi longe de Torquemada,

Mas o sonho que vi, era em altiplanos,

E a sombra dormia na borda escarpada.

 

O que o tempo ainda não conseguiu,

Foi derrotar a ganância e o ódio,

Como estátua que não se esculpiu,

Enquanto o vento foi pródigo.

 

Saudades me chegam em vendavais,

Por ver que haviam florestas e paz,

Porquanto agora não há mais jornais,

E nem o meu barco sossega no cais.

 

Mas essa verdade parece sem fim,

Como um pesadelo que não silencia,

Enquanto eu ouço um eco em mim,

De tanto querer fundear na baía.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 02/06/2022
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