UMA NOITE DE RASTA
Certa noite rompi meus grilhões,
E rasguei minhas bragas no dente,
Adentrei numa caverna de anões,
À procura do meu ser ausente.
Mas a moto que vi num porão,
Já não roda com o meu duende,
Porque pulsa no meu coração,
Loucuras que tenho em mente.
Só por isso vi a banda tocar,
Mas o rock não me quer doente,
Pois havia mais gente que ar,
E a fada gastou o meu dente.
Veio a noite de Rasta e teclado,
Com os parças em sua tangente,
Que a febre por som e gingado,
Era o visgo que brota na gente.
Mas o cerne da minha questão,
É o conflito dos que vem dançar,
Pois o álcool lhes turva a visão,
E o que sobra se torna vulgar.