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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

MILHO AO VENTO

MILHO AO VENTO

 

Meu milharal viu o tempo,

Com palhas fugindo de mim,

E o milho, desnudo ao vento,

Não enche meu silo no fim.

 

Não tinha a chuva do tempo,

Se o tempo é duro assim,

E a terra sofreu sem alento,

Na vida que não tem jardim.

 

Nós somos o vírus sarnento,

De um cão que arma o fuzil,

Por isso eu temo o intento,

De quem não seja servil.

 

O ódio viceja no ocaso,

De quem não ama e é mau,

Por isso eu vejo o descaso,

De quem é terra com sal.

 

Nela quem nasce não vive,

Ou não tem suporte animal,

Pois deserto é como declive,

Onde a areia nos traga afinal.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 10/03/2022
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