× Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

MEU SER QUE É VENTO

MEU SER QUE É VENTO

 

Acordei no susto de sons no telhado,

Mas lembrei ser meu jeito de acordar,

E sentir que suspiro é seco ou molhado,

Porque trago o sol e a chuva no olhar.

 

Serei sempre esse arranjo do tempo,

Terei formas de um sopro na chuva,

Farei prédios de vento ou cimento,

Como o tempo de colher cada uva.

 

Cada cepa que cresce na encosta,

Lembra os saltos da cabra montês,

Esgueirando em uma vista imposta,

Como os passos incautos da vez.

 

Só então pensarei em ter leite,

Pro deleite com um vinho qualquer,

Mas também prensarei todo azeite,

Que a geleia e um queijo requer.

 

E assim volto à minha demência,

Se sou vento que sopra de Antares,

Que arrepiam os pelos da essência,

Pois renasço de todos quasares.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 30/01/2022
Comentários