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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

A ELZA E EU

A ELZA E EU

 

Num dia de breve saudade,

Damos só até logo pra Elza,

Pois tudo será de verdade,

Se não tenho mais a pressa.

 

Depois que atravessa o portal,

Só quem lá está sabe a festa,

E ri de quem vende um jornal,

Se ali só o passado confessa.

 

Mas tenho certeza do traço,

Que Elza riscou na caverna,

Marcando pra sempre o palco,

Do Brasil que nos interessa.

 

Elza viu a vida em compasso,

Com Garrincha e toda a festa,

Mas viveu pela voz ser de aço,

Pra dizer que a vida é só essa.

 

Só não foi conivente à riqueza,

Pois cobrou a pertença da dor,

E lembrou que a cesta na mesa,

É melhor que dizer ser doutor.

 

Foi a preta rebelde das noites,

A rasgar sua voz recorrente,

Pra dizer quem recebe açoites,

Na história de entes ausentes.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 21/01/2022
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