MORTE E SORTE SEVERINA
Ao lembrar da peste negra,
Sem ter nem penicilina,
Vejo a morte como regra,
Se Jair não quer vacina.
…
Só acordo em pesadelo,
Com a morte na piscina,
Pois a vida é desespero,
Sem comida e severina.
…
Era Pátria em segredo,
Para alguém fora do bote,
No naufrágio do degredo,
De quem nunca teve sorte.
…
E agora é nossa sina,
Ser mosquito de caçote,
Pois tortura não ensina,
Se o grito é de morte.