HELENA AOS PRANTOS
Já andei pelo tempo,
Mas aqui é que estou,
Onde sopra bom vento,
E o Sol é quem sou.
Vi Helena aos prantos,
E o duelo de Heitor,
Ou foi Páris flechando,
Quando Aquiles penou.
Foram tempos na História,
Ou um encanto e o clamor,
Onde a Grécia viu Tróia,
Celebrar atos de amor.
Vi ali cair suas muralhas,
E um fogo em todo ardor,
Foi-se Príamo entre palhas,
Se não há mais esplendor.
Como Tróia, há quem peça,
Paz para alguém que amou,
Não sendo prenda de festa,
De quem se acha o Senhor.
Tudo aqui tem quem reina,
Mas do fim nunca escapa,
Pois não leva, mas se deixa,
Mesmo o ouro de Esparta.
Foi assim, Jequié e a Bahia,
Que um dia foram capitais,
Com sua Sé e laços de guia,
Mas nunca serão tão iguais.
Jequié marcará minha memória,
Porque nunca foi pedra de sal,
E a Bahia, com Esparta ou Tróia,
São histórias no meu recital.