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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

ACORDEI DE UM DELÍRIO

ACORDEI DE UM DELÍRIO

 

Certo dia acordei em sobressalto,

Pois senti o odor da fumaça,

Era a mata num fogo tão alto,

Que ardia sem mais o que faça.

 

Já havia um corpo esturricado,

E foi assim que morreu a preguiça,

Tão singela a buscar seu quadrado,

Mas agora é outro na lista.

 

Cada dia que passa nos campos,

Vejo o homem matar ou morrer,

Até se for plantar não sei quantos,

Não diverge de só querer ter.

 

Eles plantam capim e 'plantations',

Pois só pensam no que vão vender,

E esquecem dos velhos conceitos,

Que o diverso é quem faz viver.

 

No quintal quero ter toda fruta,

Mas também o tempero e raízes,

Quero sombra do vento que luta,

E um recanto de aves felizes.

 

Pelos galhos vou ter sábias,

Curiós, bem-te-vis e macacos,

E no chão as preás vão estar,

Com galinhas, perus e os patos.

 

No outro lado terei a pocilga,

Mas também as cabras e a vaca,

Pois o leite me enche a barriga,

Com o café que coei numa lata.

 

Só não sei se foi sonho ou delírio,

Mas eu sei todo bem que me faz,

Ter meu mundo com o equilíbrio,

Que nos faz conviver e ter paz.

 

E por isso eu desejo pros outros,

Mas não sejam madeira que jaz,

Matem só os desejos escrotos,

Que nos fazem doentes mentais.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 08/12/2021
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