A PERDA EVOCA A TRISTEZA
Enquanto só formos mortais,
Teremos somente o querer,
Mas até não sermos portais,
Têm preço ao não se vender.
Por isso importa o que temos,
Se a perda evoca a tristeza,
Mas tendo o que podemos,
Para que não seja esperteza.
E essa lisonja não quero,
Porque me exige enganar,
Se quero o que não protejo,
Pois frutos são pra degustar.
Mas para ter fruto é preciso,
Chegar ao pomar no horário,
Ou plantar o artigo e inciso,
Que sirva de guia ao diário.
Porque frutos vão madurar,
Se antes o tempo for justo,
E a água e o adubo chegar,
Na chuva que até me assusto.
Porque chuva grata é vida,
Com raios e até trovoada,
Trazendo a fartura pedida,
Que a vida é só a jornada.