× Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

ZÉ BENTO E TABOCAS

ZÉ BENTO E TABOCAS

 

Vi Zé Bento cruzando a mata,

Só que era tarde e chovia demais,

Quando saiu de Ubaíra com a gaita,

E fez estrada com seus animais.

 

Em Jiquiriçá parou com as tropas,

Comeu requeijão, com broa e café,

E foi perguntar onde fica Tabocas,

E se era mais perto, para ir a pé.

 

Mas teve um lugar a ser lembrado,

Pois Toca da Onça lhe deu a mulher,

Se Dona Adélia estava ao lado,

Como aval pra o que der e vier.

 

E assim, foi morar em Três Morros,

Com sua fazenda de um temporão,

Caldeirão da Onça pedindo socorro,

Pois teve a seca cobrando perdão.

 

Então, viajou em busca de água,

Que tava guardada além do sertão,

Pois Itamari só chovia enxurrada,

E a lama guardava o cacau de então.

 

Por isso ele foi e criou sua família,

Com cana, alambique, cacau e café,

Deixou para trás até sua forquilha,

Pois a água dali já cobria seus pés.

 

A família Da Costa achou a Da Silva,

E juntas rumaram até o Manguinho,

Fincou descendência muito altiva,

E o suor foi somado ao carinho.

 

Mas tudo tem prazo e fica a saudade,

E assim foi Zé Bento, o Duda durão,

Que hoje é lenda de uma mocidade,

Seja em Itamari ou mesmo Corujão.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 27/11/2021
Comentários